Após uma pequena volta pela vila da Lousã, começámos a subir ao km 2.. os primeiros 20km do percurso iam levar-nos dos 160m de altitude aos 930m, com apenas uma pequena descida pelo meio.. a subida inicial foi por alcatrão ao longo de 3 kms, até cortarmos para um estradão que contornava um vale de encostas bem íngremes sempre com o som da água a correr como pano de fundo.. aliás, água e encostas com declives acentuados é que o não falta na Lousã!
Após uma pequena descida de 2km, onde passámos ao lado de Vale Nogueira, foi sempre a subir até à estrada de alcatrão..
Quase no final da subida
Já muito perto do 1º topo do dia, entrámos num bosque onde era possível ver inúmeros trilhos a sair de e para o estradão.
O João e o Vicente entusiasmados com alguns dos drops que de vez em quando surgiam..
Zona de bosque bastante interessante
Mais um trilho a sair para o estradão
Chegados ao topo, era altura de fazer os primeiros singles até ao terreiro das bruxas, e foi também altura do primeiro engano.. os tracks cruzavam-se e o gps não colaborava, mas lá conseguimos encontrar o caminho certo que nos foi levar a um conjunto de singles fantástico, com muito flow, raizes e alguns drops..
O João Francisco nesta altura sentia-se em casa :-)
Mais uma secção do single.
Acabámos por fazer apenas um dos vários singles, pois ainda tinhamos muito que pedalar. Ali foram 3km e 300m a descer em singles técnicos, onde só desmontámos uma vez, e onde, excepto um encontro imediado do reporter com um pinheiro não houve nada a assinalar, excepto diversão.
Aldeia do Chiqueiro
Finalmente a sair do Chiqueiro
No meio de tantos pinheiros, o João e o Vicente conseguiram acertar no mesmo!
Algures a meio do single, mais um contra-tempo, o GPS do João tinha desparecido.. possivelmente na queda, mas foi encontrado logo após o estradão.
No Talasnal parámos para uma sandes de presunto e um cola, e seguimos viagem para mais umas aldeias de xisto perdidas na serra, Vaqueirinhos e Catarredor.
Os trilhos entre estas duas aldeias são em single, recortados nas encostas da serra de forma a ligar facilmente ambas as aldeias, mas infelizmente falta-lhes a devida manutenção, mesmo tratando-se de um percurso do centro de BTT da Lousã.
Apesar das imagens fantásticas, o sentimento foi de frustração, não só por termos tido que passar a pé em várias secções, mas também pelo estado das próprias aldeias e dos seus habitantes.
Em todo o caso, e com a hora já a adiantar tendo em conta os precalços, decidimos seguir viagem quase conforme planeado até chegar ao Trevim (1200m).. Após subir alguns kms por alcatrão, apanhámos um estradão que contorna a serra ao longo de vários kms até chegar à subida final.
A Lousã é também um paraíso para as eólicas, mas hoje elas tiveram azar :-)
Ao longe conseguia-se avistar a serra da estrela..
A última súbida para o Trevim custou, mas não foi tão díficil quanto parecia.. e chegámos lá tarde mas ainda com alguma luz
As antenas do Trevim
O ar confiante do João e do Vicente para a descida final.. e que descida! 1000m de acumulado de descida em 10km.. especialmente tendo em conta que o João ficou sem travão de trás algures nas Aldeias de Xisto.
A descida fez-se a velocidades dignas da Avalanche, até que.. alguém furou!
E esse alguém foi o Vicente, que insistia em ir a pé até à estrada mais próxima para apreciar a paisagem, mas lá o conseguimos convencer a colocar uma câmara de ar.
Daqui até à Lousã fomos ligeiramente mais devagar, e sempre por estradão.
No final, 60km com 2180m de acumulado de subidas a uma fantástica média de 10.9km/h